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domingo, 12 de fevereiro de 2017

ILHA DE SANTA CATARINA

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ILHA DE SANTA CATARINA

As costas marítimas do Estado de Santa Catarina, após a descoberta do Brasil, por Pedro Álvares Cabral, foram visitadas por navegadores de vários países.
Não existe dúvida, quanto à viagem dos portugueses, em 1514, Nuno Manuel e Cristóvão de Haro e nomearam ilha dos Patos, a actual ilha de Santa Catarina.
No ano seguinte, o português João Dias Sóis, ou João Diaz de Soliz, em representação da Coroa espanhola, passou em direcção ao rio da Prata, tendo naufragado, do que resultou onze náufragos. Estes foram bem recebidos pelos índios carijós e com eles se integraram. Aborígenes que viviam da caça e da pesca e eram excelentes de a tecer redes e esteiras, assim como produziam cestos e trabalhavam objectos de pedra.
Várias expedições de Espanha, a caminho do Rio da Prata, detiveram-se no litoral de Santa Catarina, como Dom Rodrigo de Acuña, em 1525, que ali deixou dezassete tripulantes, onde se voluntariamente e se fixaram. Sebastião Caboto, entre 1526 e 1527 e seguiu para o Rio da Prata e veio a retornar.
Após Caboto, aportaram na ilha Diego Garcia e Gonzalo de Mendonza, em 1553.
Álvar Núñez Cabeza de Vaca, partiu da ilha de Santa Catarina, em 1541.
Sempre com o propósito de tomar posse do Brasil meridional, o governo espanhol nomeou Juan Sanabria governador do Paraguai, com a missão de colonizar o rio da Prata e de povoar o porto de São Francisco do Sul, em Santa Catarina.
Com a morte deste tomou posse o seu filho, Diogo de Mendonza. Alguns navios da expedição chegaram a Santa Catarina, onde os espanhóis, dividindo-se em dois grupos, permaneceram dois anos. Um dos grupos seguiu para Assunção; o outro, sob a chefia do piloto mor Herman Trejo de Sanabria, estabeleceu-se em São Francisco do Sul, de onde, após as maiores privações, sob a ameaça de ataques silvícolas (selvajaria indígena), seguiu também para Assunção.
Os aborígines da região foram catequizados, por jesuítas, a partir de 1549, onde chegaram ao Brasil, na companhia do governador-geral. Tomé de Sousa, na chefia do padre Manuel da Nóbrega.
Os jesuítas empenharam-se na missão com ardor, opondo-se às tentativas dos colonizadores de escravizarem os índios, não conseguiram levar essa tarefa a bom termo e já em meados do século XVII, desistiram da catequese do sul.
O paulista Francisco Dias Velho, que chegou à ilha de Santa Catarina cerca de 1675, teria dado esse nome ao sítio, onde edificou uma ermida, evocando, Santa Catarina de Alexandria, de quem uma filha sua, ganhara o nome.
Em virtude da divisão do Brasil em capitanias hereditárias, a costa catarinense, a partir de Laguna, mais tarde, com dois terços do actual estado do Paraná, foi formada a capitania de Santana, o último quinhão do sul, doado a Pero Lopes de Sousa.
Tanto o donatário como os seus herdeiros não o colonizaram.
Depois de um litgio de dois séculos, entre os herdeiros de Pero Lopes e os de seu irmão, Martim Afonso de Sousa, foi comprado no início do século XVIII, pela coroa, em conjunto com as terras do Paraná e grande parte de São Paulo.
Para Espanha, era indiscutível o seu direito a esses territórios, recomendando, a conquista e o povoamento não só da ilha, como de todo o litoral catarinense.
Na década de cinquenta, do seculo XVII, Manuel Lourenço de Andrade, um português habitante de São Vicente, criou uma povoação no rio de São Francisco, para onde se mudou com a família. Sendo mais tarde, designado capitão-mor da povoação, que em 1660 foi elevada a vila, com o nome de Nossa Senhora da Graça do Rio de São Francisco, constituindo a primeira fundação estável da costa catarinense.
Laguna, foi outro ponto do litoral, na mesma época. Domingos de Brito Peixoto, outro paulista, organizou uma bandeira, para tomar conta das terras desabitadas ao sul e em 1676, fundou Santo António dos Anjos da Laguna.
A povoação teve vida incerta e o bandeirante despendeu nela toda a sua fortuna, objectivando dar-lhe estabilidade, buscou recursos no aprisionamento do gado nativo e na caça ao gentio.
Só em 1696 deu início à igreja matriz local.
No princípio do século XVIII, Laguna era pequena e pouco habitada, vivendo duma rudimentar agricultura e da exportação de peixe seco para Santos e Rio de Janeiro.
O interior rebelde não era explorado nem povoado.
Essa seria mais tarde, a missão de Dom Luís António de Almeida Mourão, governador da capitania de São Paulo, interessado em garantir o domínio português na região, assim como o escoamento do gado para São Paulo.
Com essa finalidade encarregou um paulista abastado, António Correia Pinto de Macedo, de estabelecer a povoação denominada Lages.
Em 1820, Lages passou à jurisdição do governo da ilha, dando a Santa Catarina uma configuração similar à actual.
Portugueses, na sua maioria açorianos, começaram a chegar a Santa Catarina, em 1750, para que colonizassem e protegessem o Sul do Brasil, de eventuais ataques de espanhóis.

Daniel Costa




4 comentários:

  1. Que lindo ler aqui como sempre!
    Amo Santa Catarina, saber sobre essa ilha é muito enriquecedor!
    História do Brasil, que alegria que é saber que sabes mais sobre nós do que nós mesmos, os brasileiros!
    Abraços apertados amigo Daniel!

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  2. Lindíssimas imagens da ilha de Santa Catarina. Gostei de ler como sempre a sua lição de história sobre a ocupação e povoamento da mesma.
    Uma boa semana, Daniel.
    Um beijo.

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  3. Ivone
    Saber não sei, pesquiso, faço uso de recursos que julgo possuir, ganhos em muitos anos de trabalhos jornalísticos.
    Abraços

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  4. Parabéns pelo excelente trabalho de pesquisa, Daniel. Não sabia deste blog.Passo a seguir!

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