CASAL DO FOZ A TERCEIRA LENDA

Sem duvida, o Brasil é o País do futuro. Há apenas, de não se adiar esse futuro.

sábado, 8 de setembro de 2012

GALERIAS ROMANAS DE LISBOA

 

GALERIAS ROMANAS DE LISBOA

Ainda muito meditativo, Olavo tomava o ser frugal pequeno-almoço, como sempre, constituído apenas por duas tostas secas e uma chávena de café de cevada e chicória.
O Inspector abominava leite e seus derivados, custava-lhe suportar seus próprios cheiros, menos usar uma faca com indícios de manteiga, ou queijo, ainda que usada pela sua amada Vera.
Era mesmo ela, o principal motivo da sua preocupação!
Nesse dia, com a sua lealdade (?), iria abordá-la sobre a traição (?) que teria de cometer:
- Era forçoso encontrar uma amante, para parceira, possibilitando a inscrição, no tão fechado Clube de Swing que Adolfo frequentava, também com a sua amante.
Enfim!...
Foi Vera que o vendo tão sisudo, o seu homem, sempre risonho e carinhoso com ela o interpelou, sobre o caso:
- Ela lhe facilitava, assim, a abordagem!
Então, em nome da sua honestidade e criatividade, ao serviço dos clientes, teria de haver traição!
Vera não mostrou ares de surpresa:
- Disse:
- Desde o primeiro dia, conhecendo bem o desejo de eficiência do marido, sabia que, mais tarde ou mais cedo iria ser traída.
Olavo respirou profundamente!
Sua mulher acrescentou:
- Nas intenções, também sempre contava com a sua fidelidade!...
Abençoada Vera!...
Ainda bem que é sua amada, sua afeição!...
Premiou-a com um longo beijo na testa!...
Depois enternecido, despediu-se.
A seguir foi rondar muito bem aquele Clube de Swing.
Abordando então, mais pessoas de estabelecimentos de cafetaria vizinhos.
Sabendo Olavo, como eram indiscretas, por natureza tais pessoas!
Todas disseram saber, apenas que aquela era a entrada de um Clube Secreto.
Porém Olavo, sabia por alto do que se tratava, pela leitura de certo livro:
- Resumia – Swing ou troca de casais, é um relacionamento, entre dois casais estáveis, que praticam sexo em grupo!
Como estava, por perto, desceu e deambulou, pela baixa lisboeta e deu-se a pensar nas Galerias Romanas da Rua da Prata, precisamente no subsolo de várias ruas que pisava.
Ficaram a descoberto, só com o grande terramoto de 1755, sendo desconhecidas, durante séculos.
Era assim:
- As galerias romanas da Rua da Prata, ou criptopórtico da Rua da Prata, mais conhecidas por Galerias Romanas da Rua da Rua da Prata.
Abrangem, Rua da Prata, Rua da Conceição e Rua do Comércio, da baixa de Lisboa.
Esta plataforma é uma estrutura artificial nivelada, sobre a qual terão sido construídos diversos edifícios, com suporte, para fazer face à pouca consistência dos solos na zona.
A estrutura que actualmente resta teria sido, primitivamente, um vasto complexo de galerias de que não se conhece a total dimensão.
A construção é datada da época da ocupação romana, durante o governo de imperador Augusto, entre os séculos I a. C. e I d.C.
As galerias compõem-se de corredores abobadados, paralelos, uns aos outros, com cerca de 2 a 3 metros de largura, de paredes planas e verticais, com abobadas em arcos de forma circular.
Uma vez por ano, normalmente no mês de Setembro.
A água que inunda as galerias é retirada pelos bombeiros municipais, de forma a permitir a visita, em grupo, durante três dias, sobre a orientação de técnicos do museu da cidade.
A entrada, localiza-se nua Rua da Conceição e a visita, de cada grupo é de 20 minutos.
A abertura das galerias ao público realiza-se, pelo menos, desde 1986.
Desde 1906, as entradas, eram apenas permitidas a jornalistas e investigadores.
Depois Olavo, almoçou num restaurante da baixa e fez o resto da tarde no seu escritório, a ordenar os E-Mails que recebera.
Jantou em casa, tendo-se dirigido logo ao Europa Bar, o tomar café, disposto a fazer a sua conquista.
O Inspector sabia-se insinuar, também não passava indiferente, ao mundo feminino.
Depressa apareceram duas belas mulheres. Estas deram uma mirada por todo o espaço.
Este arriscou e convidou-as para a sua mesa.
Elas, com olhos faiscantes e provocadores aceitaram.
Encetaram agradável conversa, mais fascinante a que dava por Tila.
Ele simpatizou com a dita, ao ponto de a convidar a almoçar no dia seguinte.
Ela aceitou!
Trocando, números dos seus telemóveis despediram-se.

Daniel Costa










6 comentários:

  1. Daniel,
    tudo bem?
    Esses cenários maravilhosos, e ainda desconhecidos para mim, compondo suas histórias a deixam ainda mais instigantes.
    Achei interessante como terminou este episódio, pois cria expectativa para a continuação.
    Grande abraço e ótima semana!

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  2. Amigo Daniel !!!

    O Olavo sempre nos faz levar a uma viagem cultural.Amei ter peregrinado nas galerias Romanas ali imortalizadas desde a passagem do Imperador Augusto.O que achei mais interessante foi a estrutura artificial que hoje continua a suportar os edifícios existentes.O vídeo por si nos leva a essa viagem.
    Quanto o Clube de Swing,o vídeo nos deixa uma entrevista bem elaborada.Mas vejo que o autor não se estendeu em quase nada sobre as investigações do Olavo diante deste clube.Então aguardo o próximo capitulo..
    Abç

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  3. Amei a descrição e o histórico das galerias. Que esposa compreensiva Olavo tem ! Pensei que ia pagar alguém para entrar com ele na casa, simplesmente (rss).Mas você, com sua criatividade, preferiu nos envolver para aguardar o caminho que ele irá fazer, na busca de respostas para solucionar o caso. Bjs.

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  4. Olá Daniel,

    Muito interessante a história das Galerias Romanas da Rua da Prata. O vídeo ilustra bem a história.
    Quanto ao outro vídeo, que pessoal mais liberal, né não?
    Eu jamais permitiria que meu marido, ainda que em razão de um trabalho profissional, participasse de um swing. De semelhança comigo a Vera somente tem o nome (rsrsrs).
    Vamos ver como o Olavo vai se portar (se a traição estará livre da "intenção", ou se ele realmente irá curtir de bom gosto a situação-rsrs).
    Aguardemos.

    Beijo.

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  5. Amigo querido,
    Perdoe-me as ausências, mas tenho estado meio doentinha ultimamente, coisas da vida.
    Essa "coisa da traição" está sempre rondando os casais pelos tempos afora, mais um mistério da natureza humana a ser desvendado pela sua sagacidade de "detetive da alma humana", Daniel.
    Sou uma apaixonada por túneis e galerias e até pelos estudos de espeleologia (das cavernas).
    Nossa, adorei! Beijinhos!!!

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  6. Boa noite, Daniel
    Tenho andado um pouco ocupada, com pouco tempo disponível. Só médicos (médicas, melhor dizendo) foram três, esta semana. Nada de grave, mas aspectos que fui descuidando nos últimos meses... e precisava analisar.

    A Vera deve ser tipo único, ou, pelo menos, muito invulgar. Difícil será encontrar mulher que aceite de bom grado as traições do marido... mas ela lá sabe da vida dela. E terá as suas razões, com certeza, para tanta compreensão. Ou será que tens algum trunfo na manga??? Vindo de ti não me surpreenderia.

    As Galerias Romanas são, de facto, muito interessantes. Já as vi várias vezes em vídeos, mas é-me impossível visitá-las. Não suporto andar em galerias no subsolo, talvez eu sofra um pouco de claustrofobia. Em Roma não consegui visitar as Catacumbas.

    Quanto ao nosso amigo Olavo, o "suspense" continua. Aguardemos a sua visita ao Swing, que ele tenta fazer duma forma bem rebuscada, a condizer com a sua natural elegância.

    E termino com uma informação: Amanhã, (daqui a pouco) dia 14, publicarei um post, o primeiro depois desta longa ausência.

    Uma noite feliz. Beijinhos

    PS - Brevemente responderei ao teu último email.

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